A força do interior paulista
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Frederico Marcondes Cesar é vice-presidente do Interior do Secovi-SP e diretor da Fênix Incorporadora e Construtora |
Desempenho do mercado reflete pujança de cidades que respondem por 68% do PIB estadual e 21% do PIB nacional
Caipira, do tupi-guarani, significa ‘morador do mato’ que veio para a cidade e transformou seus hábitos e costumes em prosperidade e realizações.
Os últimos 50 anos foram marcados pela forte migração de pessoas das zonas rurais para zonas urbanas, o que se deu de forma acentuada no interior paulista, em razão de fatores como oportunidade de empregos, inúmeras universidades trazendo e fixando jovens nas cidades, acesso a rodovias e ferrovias, custo de vida mais barato e segurança. Tudo isso sem perder seu jeitão caipira de ser.
Entre 1980 e 2020, a população do interior paulista mais que dobrou, saindo de 16,5 milhões de habitantes para os atuais 34 milhões – um crescimento de 104%. O número de domicílios saltou de 5,5 milhões para 11,2 milhões, observando-se grande quantidade de loteamentos: de 2012 a 2022, foram licenciados 1.362.000 milhões de lotes.
A comparação com a Capital mostra a magnitude dessas referências, No mesmo período de tempo, a população da cidade de São Paulo cresceu 43% e o volume de domicílios subiu de 2,8 milhões para 4,5 milhões.
O interior responde por 68% por do PIB estadual e 21% do PIB do País. Destaca-se no agronegócio – 47% da produção nacional de etanol. Com tal pujança, cria oportunidades empresariais em vários setores, especialmente no mercado imobiliário, cujos lançamentos e vendas foram bastante aquecidos nos últimos três anos, com grande demanda por imóveis econômicos, de média ou alta renda, conforme dados de inteligência de mercado do Secovi-SP que, por meio de suas diretorias regionais, exerce trabalho de apoio às empresas associadas.
Para 2023, a perspectiva é de estabilidade de preços e ofertas. Loteamentos populares ou em condomínios fechados devem se destacar em termos de atratividade. E apostamos na melhoria do cenário macroeconômico para seguir ofertando moradia digna.
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